domingo, dezembro 11, 2005

Reclamações?

Outro dia eu estava no ônibus, indo até o bom e velho centro da cidade. Não vou contar exatamente para onde eu ia, só vou dizer que era ao dentista. O pobre motorista, com uma formação talvez superior à segundo grau incompleto, saca de seu celular.

Calma lá.

O cara vestiu a roupa de terrorista islâmico e resolveu explodir o ônibus. Ou melhor, resolveu usar um artefatozinho eletrônico para se distrair e bater num poste. Numa traseira. Num outro ônibus. Sim. Ele sacou de um celular quando dirigia um veículo com umas duas - talvez três - toneladas, e não parou.

Eu gritei. Nunca havia feito isso - gritei e pedi que ele desligasse o telefone. Talvez minha voz tenha soado raivosa mas o motivo foi justamente a incompetência de funcionários públicos. Não, errado - foi a imbecilidade de funcionários públicos, talvez concursados, que num evento bobo de trânsito decidiram partir em dupla para cima de um motorista.

Claro. Você freia bruscamente ao lado de um colégio. Atrás vem um caminhão que é obrigado a freiar forte e quase - note, quase - bate em você. Até aí ok, não houve acidente. Mas o boçal do motorista desce - e é um negão de dois metros de altura - e te dá um tapa e chuta o teu carro. Ele é funcionário da prefeitura. Ele está num caminhão da prefeitura. E te bate em serviço. Daí vc desce. Pega o número da placa com o seu celular. E o assistente dele vem e te bate também. DOIS. DOIS FUNCIONÁRIOS TE BATENDO. FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS, ou pelo menos contratados. Mas que se foda! Que direito uma pessoa tem de bater na outra assim? Chutaram o carro do civil, amassando a lateral em três pontos diferentes, bateram nele, e eu, naquele momento, daria tudo por ter um pé de cabra. Pra arrebentar os dois na pancada.

Calma aí.

Isso não resolveria nada.

Mas foi o que eu senti, e por isso me envergonho.

Alguma relcamação?

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