sábado, janeiro 21, 2006

Rant

As paredes de concreto do automóvel estático preso fora de um mundo aleatóriamente gerado por computação inteligente inamovível numa esfera de realidade não e/ou virtual abriram e aqueles que estavam fora entraram no mundo, isto é, além das paredes e barreiras do dito automóvel, construído lá dentro (do mundo), para servir de proteção (portanto lá fora) do mesmo mundo, abriram e revelaram um emaranhado de suspiros e gemidos e carícias desconhecidos até então pelos seres viventes e não viventes, explosões lá fora não foram ouvidas lá de dentro exceto pelo clangor ácido de uma buzina acidentalmente disparada por contato da pele com o couro sintético de revestimento, feito para o automóvel estático, de paredes de concreto, que pode ser absorvido pelo lá dentro em segundos, mas os que estão lá fora (no carro) não precisam se preocupar, logo a manhã vem, e depois da manhã o amanhã, e também sábado já está aí e as peripécias loucas reiniciam e tudo volta ao normal, normal, normal, com nossas gravatas ensebadas e noções surrealistas de valores.

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