O fim, os começos, onde estou, e até mesmo como ser um consultor em 1917 passos simples de se lembrar.

Consegui um emprego. Foi um passo difícil nessa minha vida de escritor desalentado com a vida. Na verdade deixei de procrastinar e passei a escrever mais (focadamente) e em alguns dias provavelmente serei efetivamente efetivado (existe uma coisa horrenda nas organizações, que diz que você foi efetivado mas não foi efetivado ainda efetivamente, ainda que você queira demonstrar seus conhecimentos e use QED para parecer mais inteligente do que efetivamente é).
O tempo passa mais contado em infinito no escritório. Há um calor infernal, um ventilador, uma terça feira suarenta e emporcalhada, onde eu descobri que consigo de novo voltar a trabalhar com a parte teórica muito bem e me embananano novamente com os números e relatórios numéricos, e isso tudo é ótimo, e ainda muito ruim, porque eu preferia conseguir fazer tudo de cara, mas não consigo, e daí meu blogger se torna um diário de uma criancinha adolescente que quer dizer ao mundo o que pensa mas ainda - ainda - não consegue.
O que importa é que, em situações de perigo, deve-se agir como a cabra, que bale e corre montanha acima até se cansar, tropeçar e morrer de traumatismo craniano, em meio caminho até o topo. Ou como a hiena, comendo os restos e sobrevivendo, ou como os papagaios que escolhem seus parceiros independentemente do sexo e ficam a vida inteira com eles, sem querer saber de maiores complicações, etecétera, porque não queremos complicações, queremos viver.
Que bom que perguntaram, minha srta Morningblade vai bem, muito bem, bem demais, até, e isso é estranho, como um chimpanzé que aprenda a fazer cálculos econométricos de cabeça mas não consiga absolutamente entender uma página da tribuna no esporte. Bênçãos demais foram derramadas e eu começo a duvidar dos santos, Hallelujah, porque os santos domini domini costumam domini domini com a gente nas domini domini horas onde você absolutamente espera mais hallelujah e menos domini domini, porque a gente que é gente não gosta muito de macacos econometristas.
Portanto, seguimos em empreitadas novas, ainda com medo de tropeçar nos ramos da floresta escura cheia de macacos econometristas e hallelujas e domini domini e possibilidades que se extende perante nossos olhos fustigados pelo deserto do abandono.